Já é de amplo conhecimento que o cultivo de espécies de mogno africano, são uma ótima forma de investimento dentro do mercado agrícola. Além disso, é uma ótima forma de se inserir em um mercado de alto faturamento e que possui grande demanda, que é o mercado de madeiras premium. Existem diversas espécies de mogno africano que se pode plantar em solo brasileiro, apesar disso é um procedimento que pode ser bastante complexo e gerar prejuízos se não for feito de maneira correta.
É importante ressaltar que por se tratar de um investimento para longo prazo, plantar mogno africano requer bastante paciência e conhecimento. Por isso, separamos algumas dicas essenciais para que você possa plantar corretamente o mogno africano.
Existem alguns pontos muito importantes que você precisa ficar atento na hora de plantar, pois existem alguns procedimentos que devem ser feitos para potencializar o crescimento das mudas de mogno. Confira abaixo as principais dicas que irão te auxiliar a plantar mogno e obter sucesso.
1.Conhecimento e adaptação do solo
A análise do solo a ser utilizado é algo primordial principalmente quando levamos em consideração que a planta que está prestes a ser cultivada, tem a sua origem no exterior. Portanto, mesmo que as condições climáticas sejam parecidas com o local onde o seu cultivo é natural, são necessárias adaptações no solo, em alguns casos, e por isso é importante ter o conhecimento do local onde haverá o cultivo.
No caso do plantio de mognos africanos, é necessário que o solo em questão seja profundo e que permita a criação de ramificações, essas ramificações são as responsáveis pela fixação da estrutura no solo, e também são responsáveis pela facilitação da absorção de nutrientes. Então, os solos encharcados e também solos muito secos não entram na lista de possíveis solos para o cultivo desse tipo de planta.
Outro ponto importante, é realizar uma análise química e nutricional daquele solo, ou seja, realizar uma coleta e levar para análise para verificar a presença ou não dos nutrientes necessários para o plantio. Essa análise poderá encadear-se na adoção de uma espécie de “suplementação do solo”, através da escolha de adubos específicos para corrigir a deficiência de nutrientes, se for o caso. Além disso, a textura é bastante importante também já que solos mais arenosos costumam ter processos de plantios diferentes dos solos mais argilosos.
2. Realize uma análise climática da região
A análise climática é essencial na hora de plantar, já que através dela é que vão ser determinados os custos com irrigação, e se serão necessários, além de demonstrar se é ou não viável o plantio daquela espécie, naquele local. Estima-se que locais que possuem índices pluviométricos acima de 1200 milímetros anuais, desde que sejam bem distribuídos sem muita disparidade, não deve ser necessário a irrigação complementar. Caso seja menor que os 1200 milímetros anuais, e ou seja mal distribuída durante o ano, é muito provável que haja necessidade de uma irrigação complementar, e isso deve ser analisado já que representa um custo a mais e que será recorrente, para compensar os períodos de seca.
Além da análise do clima, uma análise topográfica é essencial. Analisar o tipo de relevo na qual se planeja realizar o cultivo é essencial já que existem técnicas de plantio diferentes para cada tipo de relevo. Em terrenos planos, o custo de plantio é menor em comparação a terrenos acidentados, é possível trabalhar em ambos os tipos de terrenos, mas o custo com maquinário e com a operação pós-plantio, é consideravelmente mais elevado.
3. Equipe capacitada
É necessário se atentar, já que o cultivo dessas plantas é com objetivo financeiro no longo prazo, é necessário que pessoas capacitadas e treinadas para lidar com esse tipo de árvore e com o tipo de cultivo que será realizado. Trazendo profissionais capacitados, você tem uma segurança maior no desenvolvimento do processo, e quaisquer eventuais problemas, uma equipe capacitada consegue resolver de maneira mais rápida e prática sempre dando a importância para o desenvolvimento da árvore. A capacitação dos profissionais é importante também na realização da poda, já que existem uma série de medidas recomendadas para potencializar o desenvolvimento.
4. Limpeza do terreno
A limpeza do terreno é importante pela necessidade de ter um controle de qualidade daquilo que está sendo cultivado. Ou seja, é necessário a limpeza prévia do terreno para a remoção de fungos, bactérias, e quaisquer outros fatores biológicos que podem ser danosos para a estrutura da planta. Sem a realização desse processo o controle de pragas é bem mais complicado, e já começa antes mesmo da plantação.
O controle de competição também é bastante importante, por isso é necessário que seja desbastado uma área para o cultivo do mogno africano. Portanto, retirar o volume de plantas ao redor significa que aquele solo tem menos árvores para se nutrir dele. Sem a realização desse processo, haverá uma competição natural por nutrientes, o que ocasionará na morte de diversas árvores. Logo, é um processo que tem como objetivo reduzir a competição, como um modo de precaução.
5. Tipo e qualidade das mudas
Esse ponto é bastante importante, já que existem diversos tipos de mogno africano e eles possuem desenvolvimentos diferentes, e portanto deve ser um alerta. A ivorensis é a que apresenta o melhor desenvolvimento, e portanto costuma ser a melhor opção. Em seguida, vem a anthoteca e a grandifoliola.
Em último fica a Khaya senegalensis, que tem como característica uma maior presença de galhos e o tronco não-retilíneo, o que é um limitador para a indústria madeireira. A qualidade das mudas é sempre fator importante, por isso recomendo que conheça o Grupo Selva Florestal, lá eles possuem uma seleção grande de mudas e sementes com alta qualidade.
6. Conhecer os melhores métodos de plantio
Os tipos de plantio para os mognos africanos são variados, e estão de acordo com o tipo de clima, terreno entre outros fatores e que definirão se a sua produção deve ser manual ou mecanizada. Obviamente que o método mecanizado oferece facilidades, mas a forma de como plantar vai depender se o solo é mais alagado, ou mais seco, e além disso tem relação direta com o custo de cultivo. O trabalho manual é consideravelmente mais barato, mas talvez não seja tão efetivo quanto a forma mecanizada.
Em regiões de declive, prevalece a mão-de-obra manual já que o maquinário pode ser danificado e até tombado em terrenos não-planos. Ainda há outra desvantagem, com a atuação mecanizada, o maquinário costuma compactar demasiadamente o solo interferindo diretamente no modo de plantar, portanto pode até ser usado, mas com moderação e em áreas sem declínios.