No contexto atual de mudanças climáticas e crescente busca por soluções sustentáveis, os créditos de carbono têm se consolidado como uma ferramenta estratégica para empresas que desejam reduzir suas emissões de CO₂ e compensar os impactos ambientais das suas atividades. O Selva Florestal, com sua expertise no reflorestamento e na produção de mudas, tem contribuído ativamente para essa iniciativa, especialmente com o cultivo de Mogno Africano

Neste artigo, vamos explorar os modelos de negócio usando créditos de carbono com Mogno, uma solução eficaz para promover a sustentabilidade e gerar valor econômico ao mesmo tempo.

Descubra como o Selva Florestal utiliza créditos de carbono com Mogno Africano em modelos de negócio sustentáveis.
Descubra como o Selva Florestal utiliza créditos de carbono com Mogno Africano em modelos de negócio sustentáveis. | Foto: Freepik.

Como validar projetos no padrão VCS?

A validação de projetos de reflorestamento para créditos de carbono segue um conjunto de normas e critérios estabelecidos por entidades internacionais. O VCS (Voluntary Carbon Standard) é um dos principais padrões para certificação desses projetos, garantindo que os créditos gerados sejam confiáveis e rastreáveis.

Para validar um projeto no padrão VCS, é necessário seguir um processo bem definido. Primeiramente, o projeto precisa ser projetado para capturar uma quantidade mensurável de CO₂ por meio do reflorestamento ou da conservação florestal. No caso do Selva Florestal, que trabalha com Mogno Africano, o processo envolve o cálculo do volume de carbono sequestrado pelas árvores ao longo do tempo.

O processo de validação inclui a elaboração de um plano de monitoramento e verificação que será revisado por auditores independentes. Esse plano deve detalhar como será feita a mensuração da quantidade de carbono sequestrado, além das práticas de manejo sustentável que serão aplicadas ao longo do tempo. Após a auditoria, se o projeto for aprovado, os créditos de carbono são emitidos, podendo ser comercializados no mercado voluntário.

Por que o mogno tem alta taxa de sequestro?

O Mogno Africano (Khaya ivorensis) é uma árvore com excelente capacidade de sequestro de carbono, o que o torna uma opção ideal para projetos que visam gerar créditos de carbono. Existem vários fatores que contribuem para a alta taxa de sequestro do mogno, sendo o principal deles o seu rápido crescimento.

Ao contrário de muitas outras espécies, o Mogno Africano cresce a uma taxa acelerada, especialmente quando cultivado em áreas com clima tropical e solo adequado. Esse crescimento rápido permite que a árvore capture grandes quantidades de carbono da atmosfera ao longo de sua vida, resultando em um sequestro eficiente e contínuo. Além disso, o Mogno tem uma madeira de alta densidade, o que contribui para a retenção do carbono por mais tempo, mesmo após o corte da árvore.

Por esses motivos, o Mogno Africano é uma das espécies mais procuradas em projetos de reflorestamento com foco em créditos de carbono, especialmente nos modelos desenvolvidos pelo Selva Florestal. Ao escolher essa espécie para os projetos, a empresa não só contribui para a mitigação das mudanças climáticas, mas também gera um impacto positivo na preservação ambiental e na recuperação de áreas degradadas.

5 documentos para certificação internacional

Para garantir que um projeto de reflorestamento com Mogno Africano atenda aos requisitos internacionais e possa gerar créditos de carbono, é necessário reunir diversos documentos e comprovações. Esses documentos são essenciais tanto para a validação do projeto quanto para a emissão dos créditos de carbono no mercado voluntário ou regulado.

Os principais documentos para a certificação internacional incluem:

  1. Plano de Manejo Florestal: Este documento descreve detalhadamente as práticas de manejo que serão utilizadas no projeto, desde o plantio até a colheita das árvores. Ele também deve incluir informações sobre a proteção das áreas de cultivo, a manutenção da biodiversidade local e a preservação do solo.
  2. Estudo de Linha de Base: Um levantamento da quantidade de carbono que seria emitido ou retirado na área do projeto caso nenhuma intervenção fosse realizada. Esse estudo é fundamental para comprovar a diferença entre o cenário com e sem o projeto de reflorestamento.
  3. Plano de Monitoramento: Documento que descreve como o carbono sequestrado será monitorado ao longo do tempo, incluindo métodos de medição, frequência e responsáveis pela verificação. O plano deve ser adaptado para cada tipo de floresta ou cultura, como no caso do Mogno Africano.
  4. Auditoria Independente: A auditoria é realizada por uma empresa especializada e credenciada, que verifica se o projeto está seguindo todas as normas do VCS. A auditoria garante que o projeto realmente está sequestro carbono de forma eficiente.
  5. Relatório de Verificação: Após a auditoria, um relatório de verificação é emitido, confirmando o volume de carbono sequestrado e o cumprimento das práticas de manejo sustentável.

Esses documentos são essenciais para garantir que os créditos de carbono emitidos sejam válidos e possam ser comercializados de forma segura e transparente no mercado global.

Mercado regulado x voluntário: liquidez comparada

No mercado de créditos de carbono, existem dois segmentos principais: o mercado regulado e o mercado voluntário. Ambos têm suas características específicas e podem ser fontes de receita para empresas como o Selva Florestal, que investem em reflorestamento e projetos de sequestro de carbono. 

Entenda as diferenças entre eles, especialmente em termos de liquidez e demanda.

Mercado Regulamentado

O mercado regulado de créditos de carbono é aquele em que empresas ou governos compram créditos para cumprir com suas metas de emissões estabelecidas por leis ou tratados internacionais. Esse mercado é regido por regulamentações governamentais e é mais estruturado, com normas claras de compliance e auditoria.

No entanto, a liquidez no mercado regulado pode ser mais restrita, pois os créditos devem atender a critérios específicos, como o tipo de projeto e o padrão de certificação. Além disso, o mercado regulado é muito dependente de políticas públicas, como o Protocolo de Kyoto ou o Acordo de Paris, que definem os limites de emissões para países e empresas. 

Portanto, a demanda por créditos de carbono no mercado regulado pode ser influenciada por políticas governamentais, o que pode afetar a liquidez de forma direta.

Mercado Voluntário

Já o mercado voluntário é caracterizado pela compra de créditos por empresas, organizações ou indivíduos que buscam compensar suas emissões de forma voluntária, sem a obrigatoriedade de seguir metas regulatórias. Esse mercado é mais flexível e aberto, permitindo que projetos como o do Selva Florestal, com o cultivo de Mogno Africano, sejam certificados e comercializados.

A liquidez no mercado voluntário tende a ser maior, pois as empresas que buscam melhorar sua imagem institucional ou alcançar objetivos ambientais voluntários estão dispostas a comprar créditos de carbono de diversas origens. No entanto, a demanda pode ser mais volátil, pois está diretamente ligada ao comportamento e à percepção do mercado, bem como à conscientização ambiental das empresas.

Conclusão

Os créditos de carbono, especialmente os originados de projetos de reflorestamento com o Mogno Africano, representam uma oportunidade estratégica tanto para empresas quanto para investidores interessados em mitigar os impactos ambientais das suas atividades. 

O Selva Florestal tem se consolidado como referência nesse segmento, promovendo o cultivo sustentável e a geração de créditos de carbono válidos para o mercado voluntário e regulado. A implementação de projetos de reflorestamento com Mogno não só contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também gera uma nova fonte de receita, ao mesmo tempo em que promove a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da biodiversidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *