Antes de saber mais sobre os usos mais comuns dado à espécie, é necessário entender o que é exatamente o Mogno Africano e por qual motivo ele é tão procurado. Além disso, vamos entender sobre as perspectivas do mercado para o mogno, com a utilização dos móveis de madeira.
O Mogno Africano é uma espécie exótica de árvores que vieram do continente Africano. A árvore foi introduzida no Brasil como uma alternativa para a produção de madeira nobre, já que ajudaria a diminuir o desmatamento das florestas nativas, sem deixar de atender as demandas do mercado madeireiro.
O Mogno Africano tem várias características únicas que o diferencia dos demais, como por exemplo: qualidade e cor da madeira, ótima resistência à pragas e doenças, bem como o alto valor comercial e uma maior apreciação no mercado, tanto nacional quanto internacional.
A espécie possui, ainda, uma estrutura interessante. Isso porque, por ela ter menos ramos laterais do que o comum em algumas outras espécies de madeira nobre, o seu aproveitamento será melhor, além, é claro, da qualidade do corte na hora do tratamento para a comercialização. Tal aproveitamento vai fazer com que o custo da atividade de manutenção seja altamente reduzido.
Os usos mais comuns do mogno africano
O Mogno Africano é bastante utilizado e procurado devido a sua grande lucratividade e rentabilidade. Isso acontece porque a espécie do Mogno Africano possui características próprias que a favorecem. Uma delas se tornou uma das principais vantagens, a sua forma biológica. Como assim? O tronco (fuste) mais reto acaba auxiliando no maior aproveitamento da conversão da madeira em tora para a serra. Isso faz com que seja perdida uma menor quantidade de madeira.
Ademais, essa planta também apresenta um baixo número de galhos e ramos, diminuindo a quantidade de nós e, consequentemente, deixando a madeira produzida mais homogênea e resistente.
Como o Mogno é muito consumido pelo mercado internacional, o preço do metro cúbico acaba sendo bastante estável. Sendo assim, ele pode alcançar entre 100 a 600 euros em pé, variando conforme à dimensão e a qualidade. Por outro lado, quando a árvore já está serrada, pode chegar a valer o dobro do preço.
O Mogno Africano também ganha das suas concorrentes no quesito rapidez. A espécie consegue realizar a maturação biológica de maneira mais eficaz, ou seja, entre 15 e 18 anos, diferentemente da maioria que chega a 25 anos.
Agora, vamos ver abaixo os usos do Mogno.
Usos mais comuns das espécies de mogno africano
Primeiramente, é preciso compreender que existem várias espécies de Mogno Africano e essas variações apresentam diferentes resultados e matérias-primas diferentes.
Há inúmeros usos para as cascas, folhas, frutos, sementes e, claro, madeira do mogno africano. Alguns estudos comprovam, por exemplo, que o o extrato da casca do Mogno pode ser usado em tratamentos médicos, por ter propriedades medicinais. No entanto, aqui no Brasil, o uso de todas as partes da árvore não é tão explorada assim. Por causa disso, a venda da madeira continua sendo o principal foco dos produtores.
A madeira do mogno africano é historicamente contemplada e valorizada pela sua beleza e também pelas características tecnológicas. Isso porque ela possui um tom marrom e ao mesmo tempo rosado ou avermelhado e é bastante fácil de se trabalhar, o que a torna uma aliada na carpintaria. Em geral, a madeira do Mogno costuma ser utilizada, então, para a criação e confecção de móveis, instrumentos musicais, construções navais e militares e seus interiores.
Quando nos referimos às características de cada espécie de Mogno, pode-se haver variações. Desde a densidade até a tonalidade da madeira, tudo isso implica em uma influência diferente na hora de usar o Mogno Africano. Confira, a seguir, as finalidades mais comuns para a madeira do mogno de cada uma das espécies.
- Khaya anthotheca: Esse tipo de Mogno é conhecido como: mogno-branco. A sua madeira é empregada de forma bem popular na fabricação de móveis, pisos, painéis, lâminas e construção de barcos e canoas;
- Khaya grandifoliola: A espécie é conhecida como o mogno-da-folha-grande. Por isso, tornou-se adequada para carpintaria, marcenaria, móveis e laminação decorativa, mas também é muito usada para a construção leve, isto é, os pisos e acabamentos, bem como os instrumentos musicais, brinquedos, artesanatos, entalhes, utensílios domésticos e etc;
- Khaya ivorensis: Essa é popularmente chamada de mogno-vermelho. Ela é utilizada na movelaria e para pequenos objetos, também. Seus usos mais comuns são destinados para estruturas de janelas, painéis, escadas e portas. Pode ser usada tanto em construções leves quanto pesadas;
- Khaya senegalensis: No caso desta última, há alguns usos semelhantes aos citados para a Khaya ivorensis e também é indicada para produção de assoalho e construção. Entretanto, ela pode servir para carpintaria, marcenaria, móveis, construção naval e lâminas decorativas. É a mais adequada para a construção ou para a pavimentação, fornecendo acabamento interno para as carrocerias de veículos, brinquedos, fabricação de dormentes, peças torneadas e madeira para celulose.
Perspectivas de mercado para o mogno
São inúmeras as perspectivas de mercado, tanto nacional quanto internacional, para o Mogno Africano. Isso ocorre devido aos pilares qualidade, sustentabilidade e continuidade, que fazem com que a espécie tenha mais valor e seja bem aceita pelo mercado atual.
Mesmo que a procura por madeira nobre tenha acontecido a pouco tempo, no Brasil, os clientes e revendedores já se acostumaram com a qualidade e com o fato de que sempre vai ter mais mogno e objetos fabricados com ele disponíveis. A premissa de sustentabilidade funciona com o Mogno Africano, principalmente, pela espécie não ser nativa do país.
Quando se trata do mercado internacional, vemos que há questões mais delicadas. Entrar para o mercado internacional é mais complicado já que requer conexões melhores. É sempre importante ir para as feiras de madeiras para oferecer seu produto. Mas saiba: os compradores dos Estados Unidos e da Europa vão querer testar o seu Mogno Africano e pedirão uma quantidade muito alta de madeira.
Tirando esse detalhe, percebe-se uma sólida perspectiva da árvore no mercado, justamente por causa da sua estabilidade, rentabilidade e aparência na hora de fazer móveis de madeira.

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