Você sabia que é possível identificar as árvores através de suas características externas da casca? Se você deseja aprender a ser como um identificador de espécies de plantas, esse artigo foi feito para você!
Uma estrutura muito observada entre as árvores é a casca, correspondente a todos os tecidos localizados de forma externa no câmbio vascular. A casca externa é formada por uma ou mais camadas de celular peridérmicas mortas que, geralmente, são impregnadas por suberina. Devido a isso, as casas possuem características únicas que permitem que um identificador de espécies de plantas saiba qual é a árvore a partir dela.
Ao longo da matéria, você verá com os olhos de um identificador de espécies de plantas como identificar espécies de árvores pela casca pelas características da casca externa, o tronco. Você irá analisar e conhecer aspectos como aparência, estruturas, desprendimento e muito mais.
Continue a leitura para saber mais sobre como ser um identificador de espécies de plantas por meio das cascas de árvores!
Como identificar uma árvore pela casca?
Confira quais são as principais características das cascas externas para que um identificador de espécies de plantas saiba qual é o tipo de árvore:
1. Aparência ou aspecto
Entre as características estruturais e visuais que englobam os troncos das árvores que um identificador de espécies de plantas identifica, estão: a espessura da camada de células mortas e o tipo de desprendimento.
Áspera
A casca da árvore é áspera quando é pouco subjuntificada e por não apresentarem nenhuma disjunção nas camadas mortas da célula. Além disso, a casca áspera possui a presença de lenticelas. Quanto ao desprendimento, o pulverulento é o mais frequente.
Estriada
Estas estão presentes em cascas de árvores sem a formação de súber. As poucas camadas de células mortas apresentam disjunção, o que forma estriada de colorações diferenciadas. Portanto, a presença de lenticelas pode se assemelhar ao tipo anterior, com a diferença das presenças das estrias.
Fissurada
As cascas de tronco são fissuradas quando as camadas de células mortas se rompem com o crescimento do caule, o que provoca as fissuras com níveis de suberificação. No entanto, essas fissuras podem se tocar, ganhando aspecto “trançado”, e podem ser paralelas, o que deriva também um desprendimento em tiras.
Já nas cascas que possuem mais espessura, as fissuras podem ganhar forma estratificada, em que as disjunções das camadas externas não coincidam com as internas, trazendo um aspecto de grande.
Lisa
As lisas são características das espécies que possuem casca pouco espessas. Não possui a presença de lenticelas e o desprendimento mais comum é o laminado. Embora não seja um aspecto muito recorrente, é comum entre as espécies da família Myrtaceae.
Reticulada
Esse padrão já se associa com um grau de suberificação da casca externa, em que ocorrem fissuras longitudinais e transversais, formando porções padronizadas que conferem um aspecto quadriculado.
Rugosa
As proeminências de súber podem apresentar aspecto mais verrucoso e seu desprendimento é em placas, formando depressões nas camadas internas. Na prática, as cascas rugosas englobam uma série de aparências variadas, que não se enquadram em nenhuma das classes citadas anteriormente.
2. Desprendimento ou deiscência
Pela formação da casca externa possuir células mortas, o tecido se torna incapaz de acompanhar o ritmo de crescimento do caule. Sendo assim, a casca se rompe e suas partes fragmentadas permanecem ou se desprendem de algumas formas, um identificador de espécies de plantas vê isso como:
Em placas
Quando há o desprendimento de camadas mais grossas e fissuração irregular, o que dá origem às placas de tamanhos e formas diferentes.
Em tiras
Presentes nas cascas menos suberificadas e com aparência fissurada. Suas porções possuem formato alongado, finas e possuem aspecto papiráceo. O desprendimento do caule forma-se de uma extremidade para a outra, o que torna a identificação por parte do identificador de espécies de plantas mais fácil.
Escamoso
Mais comum das cascas em que o súber se desprende em placas rígidas de tamanhos variáveis e formatos irregulares. Neste padrão a separação do caule ocorre de uma extremidade para a outra e as porções desprendidas são finas.
Laminado
Conhecido como desprendimento “esfoliante”, é quando uma camada de súber de desprende do caule em lâminas finas e de formato irregular, às vezes com um aspecto quebradiço. As lâminas se enrolam das margens para o centro e o seu destacamento se torna muito fácil.
Pulverulento
Associado às aparências ásperas e estriadas, consiste no desprendimento particulado do súber, o que significa que as camadas finas de células se fragmentam até formarem uma espécie de pó.
3. Nível de suberificação
Entende-se pela quantidade de casca morta ou súbita gerada com o crescimento da planta. Além disso, é um aspecto determinante para os padrões de aparência da casca. Seu grau de suberificação pode apresentar variedades dentro de uma mesma espécie, que são observados por um identificador de espécies de plantas.
Quando se desenvolve no Cerrado, por exemplo, a casca é formada por uma camada de súber espessa, em que a aparência é fissurada e o desprendimento ocorre em pequenas placas corticosas com um espectro mais esponjoso.
As cascas corticosas são características de espécies que evoluíram com o fogo, como as arbóreas do Cerrado. Outro fator que também pode acarretar no espessamento da casca é a plasticidade morfológica pelas condições climáticas, facilmente identificadas por um identificador de espécies de árvores.
4. Estruturas espaciais
Confira quais são:
Espinhos e acúleos
Os espinhos são órgãos vascularizados que sofreram algum grau de metamorfose e por serem ligados ao eixo vascular, não possuem fácil remoção. Já os acúleos são projeções de periderme e não possuem vascularização, o que já os torna mais fáceis de serem destacados.
Cicatrizes peciolares
A abcisão das folhas formam marcas transversais nos caules, dependendo de algumas espécies. No entanto, essas são evidentes nas plantas mais jovens, uma vez que o crescimento da árvore diminui a visibilidade dessa característica, que pode desaparecer, a depender da espécie também.
Lenticelas
Trata-se de pequenos orifícios que surgem das rupturas da periderme e possuem função fisiológica na realização de trocas gasosas, podendo apresentar formato, tamanho e disposição variados.
Estes ocorrem tanto em troncos e galhos como em ramos (de forma simultânea ou alternada). As lenticelas dificilmente são caducas. Elas são muito frequentes nas famílias Lauraceae, Apocynaceae, Fabaceae, entre outras.
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